Por terras da China : I - De Taipei a Beijing
A viagem foi proporcionada pela minha participação na Conferência da International Association of School Librarianship, IASL2007 em Taipei, onde fui apresentar uma comunicação que elaborei em co-autoria com duas colegas (a Ana Bela do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares e a Manuela Barreto Nunes).
Para além de assistir às comunicações dos outros participantes, a Conferência do IASL deu-me ainda a oportunidade de visitar algumas bibliotecas escolares e duas bibliotecas "nacionais" (pois em Taiwan não têm apenas uma...).
Biblioteca da Taipei County Ching Shui High School
A capital mongol, a capital do Norte (que é literalmente o significado do Bei=Norte Jing=capital), a capital do Império do Meio, hoje capital da República Popular da China (um país verdadeiramente com dois sistemas: um político e outro económico...e não nos referimos a Hong-Kong ou Macau), é uma cidade imensa, ampla e interessante. Mas que seria muito mais agradável se o ar não estivesse tão poluído (não só de fumo, mas sobretudo das poeiras dos terrenos que a rodeiam, e do gigantesco estaleiro em que a cidade está transformada).
Centro do poder político do gigante asiático que despertou (e cujo despertar está a causar pesadelos e alucinações a muitas "boas almas" ocidentais), Beijing parece continuar a ser uma cidade imperial, com uma forte e visível presença dos diferentes "aparelhos" (administrativo e burocrático, partidário, militar e policial) que sustentam o estado central.
Apesar da nossa curiosidade, e da abertura para novas experiências e sabores, não arriscamos provar alguns dos petiscos que se vendiam no mercado da Wangfujing, que vimos serem saboreados por alguns chineses....
Junto ao hotel onde ficamos (o Capital Hotel, na Qianmen Dongdajie, perto da Praça Tian An Men e da Cidade Proibida), descobrimos uma pequena frutaria de rua, onde fomos comprando diversas frutas e descobrindo novas delícias, como a olho de dragão.
Percorremos o centro de Beijing a pé, de riquexó (viagens que obrigavam a negociações prévias, e nem sempre terminaram como e onde desejávamos...) e de táxi. Os táxis, se excluirmos o problema da comunicação - é sempre necessário ter o destino pretendido escrito em chinês, ou transmitido em chinês - revelaram-se um excelente meio de transporte, económico e seguro, e os taxistas muito honestos: o taxímetro era ligado depois da partida, e o percurso efectuado foi invariavelmente o mais curto!
Nos dois últimos dias, passamos ao lado do complexo olímpico onde era grande a azáfama na conclusão da construção do estádio olímpico – o “Ninho de Pássaro”, que nos impressionou, mesmo ao longe -, do pavilhão dos desportos aquáticos – a “Bolha” – e da aldeia olímpica.
Depois de passada a febre olímpica, que já se começava a sentir, e que estará ao rubro em 2008, esperamos voltar a Beijing, no início ou no fim de uma visita à China “profunda”, rural e montanhosa, que já sonhamos fazer em 2009. Para já aqui ficam mais algumas imagens de Beijing 2007...