11 de dezembro de 2007

Andarilhos Nordestinos: no encalço da castanha e surpreendidos pela esteva

Escapada a Trás-os-Montes no fim-de-semana de 3 e 4 de Novembro, seguindo ao esperado encontro das castanhas (e dos enchidos) e do inesperado odor tardio da esteva.

Vista da Serra da Padrela (com o Barroso e o Gerês ao fundo)

O percurso foi de (re)conhecimento. Depois de seguirmos pela auto-estrada de Guimarães a Vila Pouca seguimos pelas estradas nacionais pela Serra da Padrela (onde nos empanturramos de medronhos...) em direcção a Carrazeda de Montenegro que visitamos brevemente.

A Igreja de Carrazeda de Montenegro

Retomado o caminho em direcção a Torre de D. Chama paramos para almoçar numa padaria/cafetaria (a Padaria Moutinho) em Argeriz, onde comemos um genuíno folar transmontano.

Depois da visita a Torre de D. Chama, rumamos a Vinhais. Chegados ao final da tarde dirigimo-nos à Feira da Castanha, que tinha sido um dos motivos pela qual tínhamos realizado esta “escapada”.


O maior assador de castanhas do mundo em Vinhais...

Visitada a Feira, provadas umas castanhas do maior assador do mundo (mais um recorde para o Guiness, que parece ter-se transformado em desígnio nacional) e compradas outras castanhas para consumo posterior, dirigimo-nos finalmente a Bragança, onde tínhamos reservado dormida.

Vista para o Castelo e o Domus de Bragança desde a Pousada de S. Bartolomeu

O jantar já estava decidido: no Manel, um valor seguro da restauração bragançana, onde à falta dos ossinhos (que são deliciosos), comemos uns saborosos azedos. A surpresa veio depois do jantar: um concerto da Orquestra Nacional do Porto, no Teatro Municipal de Bragança. Uma boa surpresa, esta de ver um bom concerto de uma orquestra de qualidade, numa cidade do interior, ao simpático preço de 5€.

No dia seguinte, domingo, fomos fazer uma caminhada no Parque Natural de Montesinho. Realizamos o percurso, descrito no livro Passeios e percursos pedestres irrepetíveis [em] Portugal, de Manuel Nunes e Jorge Nunes, entre a Aldeia de Montesinho e a fronteira com a Galiza junto ao Prado do Bolo e a Pedra Toucada, passando pelas duas margens da barragem da Serra Serrada.

Um bonito "quadro" na aldeia de Montesinho

Sinfonia de cores e odores num belo dia outonal

Junto à albufeira da barragem da Serra Serrada

A esfinge da Serra Serrada?

Outra vista da albufeira da barragem da Serra Serrada

Um dos vários marcos de fronteira por onde passamos


Foi uma boa caminhada, num percurso bonito, feito num dia de Outono excelente, com muito sol e o odor intenso da esteva (que já tínhamos sentido na véspera). E o facto de nos termos perdido, tendo de fazer umas centenas de metros a corta-mato, no caminho de “regresso” após a Pedra Toucada só aumentou o encanto da caminhada com um toque “picante”.

Vista da albufeira da barragem da Serra Serrada ao final do dia

Na segunda passagem pela barragem da Serra Serrada deparamos-nos com uma lebre distraída e temerária, que se deixou fotografar a pouco mais de uma dezena de metros.

Uma lebre temerária...

Terminamos a caminhada quando a noite já caía na aldeia de Montesinho, de onde regressamos directamente a Guimarães, via Verín e Chaves. Um fim-de-semana transmontano que deixou vontade de regressar a estas paragens.

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